segunda-feira, 19 de julho de 2010

E como dizia Rita Lee: O amor nos torna patéticos!

quinta-feira, 15 de julho de 2010

Jasminnie O'Forrk

Já passam das duas da madrugada e eu ainda consigo sentir o perfume dele, impregnado nas minhas roupas. Estou envolta pelos dois edredons que ainda existiam no quarto dos meus pais, tão ralos e embolorados que eu obriguei meu corpo a não ter ataques alérgicos nessa noite. Somente por essa noite.

Olho na janela gasta e de vidro riscado a minha frente, o começo da cama está rente ao resto de parede perto á janela. As árvores balançam á fora, mas eu não consigo dormir. Não consigo dormir e não é por causa do frio arrebatador e insuportável que faz nessa noite. Não consigo dormir pelo perfume irresistívelmente masculino de brota de meu moletom surrado, tão forte e ao mesmo tempo tão cálido.

Eu certamente não consigo explicar o que passa em minha cabeça, essa necessidade infinita e sem fundamente algum de querer estar ao lado dele. De abraçá-lo. De protegê-lo de todos os temores malévolos desse mundo e de que ele me proteja também. Não compreendo, e nem faço esforço para que isso se explique.

Sorri. Os primeiros flocos de neve começaram a descer por fora da janela. A luz está ficando fraca e não é por causa da conta de luz não paga e muito menos porquê a Lua resolveu racionar a sua luminosidade. É apenas meu sono que chega com o esvair do cheiro dele de minhas roupas...

sexta-feira, 2 de julho de 2010

Future

Sempre reclamamos do quanto cheio estamos de nossas vidas.
Só não percebemos que ao deitar a cabeça sobre o travesseiro,
podemos começar tudo novamente.
Porquê o dia nada mais é do que um período de aprendizado.
Um tempo que utilizamos apenas para errar e acertar, quantas vezes pudermos.
Então, quando for dormir hoje, lembre-se: você sempre terá outra chance!

quinta-feira, 1 de julho de 2010

Grandpa

Você nunca se lembra de muita coisa.
Raramente lembra-se da casa, das roupas, dos sorrisos e dos afagos, o que sempre resta para relembrar deles são as fotos.
E nas fotos, você se observa, minúscula, indefesa, como um filhote acuado sem a mãe; porém logo ao seu lado estão eles, te segurando pelas mãozinhas ou até mesmo ninando em seus braços.
E quando você cresce e tem a oportunidade de estar com eles, tudo torna-se mais claro, mais real. As brincadeiras antes de dormir, as falas calorosas, os presentes antiquados que a gente nunca gosta mas diz que adora! E até mesmo o boa noite com direito a cafuné.
Mas então, como uma estrela que brilha todos os dias no céu morre, eles também se vão... e deixam conosco uma vontade enorme de voltar no tempo.
De voltar no tempo e fazer tudo de novo, porém, com mais intensidade, com mais palavras...
Com mais " eu te amo vovô" para todos os lados, até que você mesmo se canse e eles mesmo tornem a você a dizer...
" Eu também te amo!"

Saber lidar com isso é algo inevitável e inesquecível!
Não é algo que se compara ou que se pode ser explicado...
É apenas algo que se defronta, que se batalha, para não desabar toda noite!
E depois de tudo, de toda a dor e o sentimento de culpa.
Depois de todo a ar que entra nos pulmões e leva para longe, um pouco da tristeza...
por sorte, restam apenas aqueles momentos inegáveis...
os momentos impossíveis de se comprar.
Os momentos mais ternos e incríveis que se pode ter...
lembranças...
de felicidade.