quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

A Intensidade de dois corpos

Era uma intensão, um medo e um calor descomunal que banhava o corpo dela. Não havia conseguido, desde que chegara naquele evento, tirar os olhos dele.
Não que ele tivesse uma beleza descomunal, era até comum para os padrões atuais, porém, os olhos dele emanavam algo. Luxuria? Raiva? Ela não sabia ao certo, só tinha conhecimento de que aquilo fazia seu corpo se arrepiar.
Respirou profundamente controlando o coração, que agora, começava a palpitar. Desviou o olhar quando percebeu o rosto do garoto virar em mesma direção. Olhou obliquamente, estranhando. Ele não estava mais lá, havia saído de seu assento. Procurou pela cabeleira castanha e alta em meio aos outros, mas nada encontrou.
- Me procurava...
Deu um salto de onde estava, acompanhado de um grunhido abafado pelas mãos. Ele havia falado ao pé de seu ouvido, e seu hálito havia entrado em contato com a pele desnuda de seu pescoço. Novamente, aquele arrepio voltou a invadir seu corpo. O que diabos aquele garoto tinha? Magia?
A mão dele percorreu o braço dela até chegar em seu pulso, agarrando-o e a levantando bruscamente do lugar.
- O que... - ela começara, mas preferiu ficar calada.
Passara por uma pequena bifurcação no prédio, saindo para a noite estrelada. Ele a guiou até o jardim da residência, parando perto de uns arbustos altos.
- Por que me trouxe para cá? Eu nem o conheço...
- Você sentiu o mesmo que eu, não é necessário...
Enlaçou a cintura da garota, apertando-a contra seu corpo. Ela fechou os olhos incerta. Algo aconteceria... porém, era certo ou errado? As mãos dele encontraram sua bunda, apertando-as levemente. Ele permitiu que seu rosto ficasse ao alcance dos lábios dela e tocou estes rapidamente. Houve um solavanco no coração dela, e o calor começou a invadi-la de todas as formas. Ela o queria, ela o desejava de todas as formas e jeitos.
Ergueu suas mãos esguias até os ombros fortes do garoto, repousou-as lá por um tempo até chegar ao pescoço dele, este que ela envolveu deixando seus rostos mais rentes ainda. Ofegou e tomou os lábios dele.
Sentiu ele abaixar-se de leve, descendo as mãos para o interior das cochas dela, ele as agarrara e erguera a menina, transformando seu próprio corpo num apoio para ela. Ajoelhou-se na grama e sentou-se com as pernas dela em voltas em seu abdômem.
Não conseguia parar. Ela não conseguia deixar de beijá-lo, e nos poucos segundos que se deixavam para que o ar fizesse seu trabalho, as carícias eram outras e eles logo voltavam a seus corpo.
Ele deixou o rosto dela por um segundo, para proferir algumas palavras,perguntava seu nome.
- Julia...
Voltaram a corresponder seus desejos da carne, quando risadas chamaram a atenção de ambos. Separaram-se num pulo, quem seriam aqueles a lhes infortunar?...

Continua.

Nenhum comentário:

Postar um comentário