quarta-feira, 30 de junho de 2010

Pirilampos

Eu vejo vaga-lumes.
Os vejo planar sobre a minha cabeça, dar voltas no ar, assim como as cambalhotas envergonhadas atrás dos ramos no chão. Eu vejo os vaga-lumes piscarem. Vejo-os tornarem-se luz em meio a escuridão dessa noite. Eu apenas os vejo, e nada mais.
Respirei profundamente e deixei meu recinto, caminhando pela relva cheia do frescor noturno daquele campo. Atrevi-me a tocar um pirilampo incerta da reação dele. Mas ele apenas rodeou meus dedo e pousou no mesmo.
Corri e ele voou de meu dedo. Entrei dentro de casa afobada a procura de algo... encontrei um pote de vidro e rumei de volta aonde os vaga-lumes faziam sua festa. Aproximei-me, de mancinho... e abri o pote.
Estava prestes a aprisionar um deles, mas o temor abateu sobre o meu corpo e eu deixei o pote cair.
Eles eram tão belos. Tão contentes em sua dança complexa e cheia de movimentos... tão vivos... tão encantadores.
Deixei os pirilampos a passear sobre minha cabeça, analizando tudo como uma criança que acabou de descobrir um novo brinquedo.

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